quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

SALVE XANGÔ / SALVE SÀNGÓ ÓÒNÍ

 

Enviado por Osvaldo F Reis, advogado e pesquisador

 
O ano de 2013 no panteão afro-gaúcho é regido por Xangô junto com suas esposas: Obá, Iansã/Oiá e Oxum. Em Porto Alegre viveu a Iyalórixa Diolinda: Sàngó Óòní (CIÇA OYÓ, 2012:138) ou Mãe Deolinda: “Shangô Lo-mi” (BOREL, 1997:13), pela sua importância era conhecida pelo nome do seu Orixá.

Histórias sobre o Sángó Òní ainda são contadas por muitas pessoas que a conheceram no começo da religião na Capital.Ela deu sequencia à tradição de Óòní  trazida da África pelos descendentes  da Nação Òyó. Foi Iyalórixa  na época da repressão militar que, no início do século 20, costumava usar a força bruta para invadir os  terreiros ou quartos de Santo, para interromper ou impedir a prática dos  rituais.  Iyá Diolinda  colocava um alguidar de barro com brasa no meio do salão e mandava deixar as portas abertas à espera da polícia montada. Quando os brigadianos chegavam com os cavalos até a porta,  não conseguiam passar: muitas vezes os cavalos relinchavam e derrubavam os cavaleiros . Conta-se também que o Sàngó Óòní, em dias de festas, quando visitava este mundo  usando o corpo físico de Mãe Diolinda, gostava muito quando estava chovia. Então ele ia para a porta do salão e estendendo  as mãos da Mãe,  puxava e aparava os raios das tempestades (referência:CIÇA OYÓ, 2012:138).

A importância da Sángó Óòní é tão significativa que, passados mais de cinquenta anos de seu desaparecimento, seu nome ainda é lembrado ligado ao seu Orixá.

Kaô kabecilê !!!
 
 

Um comentário:

  1. Daqui do Ceará, saudamos a essência de Sángó Óòní. Adorei saber dela. Kaô kabecilê, meu pai!!!

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